Resumo: O mercúrio (Hg) é um metal traço
de relevância na área de alimentos em função da alta toxicidade, dos altos
níveis de absorção e baixas taxas de excreção, sendo acumulado na cadeia
alimentar, atingindo o homem, a partir do consumo de pescado, podendo representar
risco à saúde humana. Considerando esses fatores, o objetivo deste estudo foi
traçar um perfil do grau de contaminação mercurial em atum in natura (Thunnus
albacares) e em conserva (Thunnus sp.), Meca (Xiphias gladius), corvina
(Micropogonias furnieri), peixe-espada (Thichiurus lepturus), camarão
(Litopenaeus vannamei) e raia (Pteroplatytrygon violacea). Os maiores teores médios
de Hg foram observados nas amostras de Meca (0,393 + 0,637 μg.g-1), seguido
pela raia (0,224 + 0,074 μg.g-1), atum in natura (0,187 + 0,112 μg.g-1), atum em
conserva (0,169 + 0,122 μg.g-1), corvina (0,124 + 0,054 μg.g-1), peixe-espada
(0,078 +0,034 μg.g-1) e camarão (0,058 + 0,023 μg.g-1). Considerando a
amostragem de Meca (n=83), 2,4% ultrapassou o limite máximo recomendado para
peixes predadores pela legislação nacional. Concluiu-se que, dependendo da
frequência de consumo, com exceção do camarão, estas espécies podem constituir
risco à saúde humana.
Palavras-chave: mercúrio, pescado marinho, frequência de
consumo.
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